16/05/2009
Estudos sobre qualidade de vida (QV) têm sido constantes e aumentam a cada dia em diversos países. Fato este importante para que se possa estabelecer parâmetros de comparação entre as várias situações, de saúde ou de doença, para a população em geral, procurando assim estabelecer critérios e/ou tratamentos para a melhoria da QV quando necessário.
Como pensar em qualidade de vida em portadores de doenças crônicas? Deve-se pensar e muito sobre este questionamento, pois existe vida após um diagnóstico de doença crônica, sim. Até porque, após o paciente ser diagnosticado, é preciso, na maioria das vezes, se refazer todo um esquema na rotina deles próprios e dos seus cuidadores. Junto a essas alterações, é preciso muita atenção no que diz respeito à promoção do bem-estar e do bem-viver de todos os envolvidos nesse processo.
Qualidade de vida é um termo difícil de ser operacionalizado. Envolve aspectos como satisfação com a vida, além da diminuição do sofrimento e da dor, tanto física como psíquica, social e espiritual, sendo questões altamente subjetivas, pois o que é valorizado por um pode não ser por outro. Assim, é o indivíduo que deve definir o que é qualidade de vida.
Qualidade de vida pode então ser entendida, do ponto de vista prático, tal como tem sido frequentemente utilizado nas investigações em saúde, como a quantificação do impacto da doença na vida diária e no bem-estar do paciente.
No caso dos portadores de doenças crônicas, a qualidade de vida refere-se a uma avaliação do próprio paciente, em relação aos seus aspectos funcionais diante das transformações ocorridas em função da sua enfermidade e tratamento que deve seguir. Sendo assim, a cronicidade, quando comparada às doenças agudas, é uma situação de vida mais constante que perpassa pelos distintos momentos de desenvolvimento do enfermo.
Logo, a forma em que uma doença crônica pode afetar a vida de seu portador depende, em grande parte, das características da sua enfermidade, grau de limitação associado à mesma, o funcionamento emocional frente à doença, à psicodinâmica da família e à rede de suporte social.
A rede de suporte social funciona como um mediador para que o indivíduo perceba a sua vida com mais ou menos qualidade. Porém, esse apoio por si só nem sempre é o suficiente, pois o próprio indivíduo é que possui a sua capacidade em lidar com os estressores. As estratégias psicológicas de enfrentamento são as formas desenvolvidas pelas pessoas para amenizar a situação de estresse e para se adaptarem a essa situação.
O importante é buscar a qualidade de vida, mesmo estando vivenciando situações consideradas adversas, como é o caso das doenças crônicas. Não existe uma fórmula para alcançar um padrão de qualidade de vida considerado ideal para todos, contudo, alguns aspectos gerais parecem contribuir para estruturar uma forma pessoal de se viver com mais harmonia.
Fonte: Diário da Manhã - GO, de 06/05/09
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